segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O coiso e a coisa...

No passeio matinal com o meu Yuri, na altura em que se ele já rodopiava e preparava para se aliviar, eu levo as mão aos bolsos e digo-lhe (sim, porque eu falo com os cães):

- "Bolas, Yuri, logo hoje que não tenho um ... coiso... é que tu fazes nesse sítio!"

Aqui está a questão: porque é que quando o nosso cérebro não encontra no imediato a palavra pretendida, lhe atribui logo "coiso" ou "coisa"? Seja um saco de plástico (neste caso), uma maçaneta, uma alface, o lóbulo da orelha, um clip, um agrafador, uma ferramenta ou uma qualquer outra inquantificável possibilidade.

Será porque o "coiso" ou a "coisa" são tão indefinidos que se aplicam em qualquer situação? Será pela necessidade do cérebro colmatar uma falha no raciocínio? Ou será que o cérebro tem uma espécie de treinador em que na falta de soluções mais lógicas manda saltar do banco o "coiso" ou a "coisa" e, mesmo sem aquecimento, entram para dentro do raciocínio?

Claro que são questões que não conseguirei responder mas o que é inevitável é que estão sempre presentes... E eu tento ao máximo evitar a sua utilização



P.S.- Para que conste, eu costumo apanhar os dejectos do meu Yuri quando ele os faz em sítios menos próprios (o que é muito raro), como, por exemplo, locais de passagem, passeios e jardins. É que tenho uma apetência especial para calcar merda (desculpem mas é este mesmo o termo que quero utilizar) e fico possesso quando isso me acontece. Por isso, para além da responsabilidade cívica, não quero que aconteça a ninguém por minha culpa. O local onde aconteceu também não era assim tão exposto quanto possa parecer, mas não queria lá deixar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Do meu ponto de vista, a questão, reside na própria definição de "coiso" ou "coisa", a qual não existe propriamente. Assim sendo, e, fazendo mais uma analogia ao mundo do futebol, o/a "coiso/a" é um jogador polivalente que joga exactamente da mesma forma em qualquer posição!!